sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Kiriku e a Feiticeira: um conto de fadas africano!


Título original: (Kirikou et la Sorcière)

Lançamento: 1998 (França)

Duração: 71 min

Gênero: Animação

Sinopse

Na África Ocidental, nasce um menino minúsculo, cujo tamanho não alcança nem o joelho de um adulto, que tem um destino: enfrentar a poderosa e malvada feiticeira Karabá, que secou a fonte d'água da aldeia de Kiriku, engoliu todos os homens que foram enfrentá-la e ainda pegou todo o ouro que tinham. Para isso, Kiriku enfrenta muitos perigos e se aventura por lugares onde somente pessoas pequeninas poderiam entrar.


Para fechar com chave de ouro este ciclo de trabalho envolvendo o Dia da Consciência Negra, deixo como sugestão este lindo filme: um genuíno conto de fadas africano.

Consciência Negra: consciência brasileira


Consciência Brasileira

Eu sou NEGRO!
Sou corajoso,
Competente e talentoso!

Eu sou ÍNDIO!
Sou valente,
Guerreiro valoroso!

Eu sou BRANCO!
E não importa o desrespeito,
Não importa o que digam,
O negro e o índio
Moram no meu peito!

Negro, branco e índio
Brincam de roda
Na minha alma
Sou único, verdadeiro
Um autêntico BRASILEIRO!

Pertenço a um povo de fibra,
Que batalha a cada dia
Um reconhecimento na vida
Nação que vencerá! graças:
A competência do NEGRO,
A valentia do ÍNDIO,
Ao amor do BRANCO!

(Graziany Monteiro Gomes)




Claro, que um poema sobre tão importante conquista não poderia deixar de figurar esta prateleira de sentimentos. Foi uma exigência de meus alunos. Afinal, se acostumaram a tirar do coração e expôr no papel o quê aprenderam. Essa, talvez seja a única razão do meu trabalho. Fazer com que cada educando organize sua própria prateleira.

domingo, 20 de novembro de 2011

20 de Novembro - Dia da Consciência Negra


A Lenda do Homem-leopardo

Certo dia, numa aldeia nigeriana, o chefe ensinava as crianças uma lição de obdiência.
Ele contava que frequentemente a aldeia vizinha recebia visitas de um homem encantado, que se transformava num feroz leopardo toda vez que era seguido por algum curioso.
Numa dessas visitas o estranho homem pediu comida na aldeia. A ferocidade e tamanha rapidez com que comia denunciavam uma fome de muitos dias. Porém, desta vez, a criatura era observada por uma curiosa menina que tentava compreender o quê de mistério que acompanhava o faminto forasteiro.
Após comer, o homem parecido com uma fera, soltou um grito que mais parecia um rugido:
_ Que ninguém pense em me seguir! vociferava o estranho ser.
Surpreendida, a espectadora lembrou-se das palavras dos sábios de sua aldeia que por gerações ensinavam seu povo a não seguir o terrível homem-leopardo.
Tudo indicava que a lenda era verdadeira e estava ali diante dos olhos daquela criança. Contudo, aquele grito de ameaça não a impediria de quebrar uma das regras primordiais de seu povo. Seu único desejo era conhecer a morada da fera e entender o porquê de tanto temor. A menina seguiu o sujeito até a floresta. Ao chegar numa clareira  o estranho percebeu que estava sendo seguido, sentou-se e começou a conversar em voz alta, quase gritando:
_ O motivo de visitar a aldeia de tempos, em tempos é um só! preciso alimentar este corpo humano, que não pode viver apenas de carne crua! Agora que sabes o segredo serás alimento do leopardo selvagem que realmente sou!
Desferidas estas palavras aquele homem soltou urro violentíssimo, se atirou ao solo e perdeu totalmente sua humanidade transformando-se num leopardo faminto da floresta.
Arrependida de sua desobediência a menina foge desesperada com o alvo de sua curiosidade em seu encalço rugindo de vingança! Perdida, a jovem deparou-se com um rio de correntezas ameaçadoras, sentiu-se encurralada. Será que a natureza castigava sua curiosidade? Todavia, um desfecho mágico a aguardava.
Na outra margem,  uma árvore comoveu-se com o desespero da indefesa menina e esticou seus frondosos galhos sobre o rio criando uma ponte para que a criança atravessasse. Não entendendo o que havia ocorrido a menina corre pela ponte salvadora, mas tropeça e cai, tempo suficiente para aproximação de seu algoz.
_Vamos minha menina! levante! que retirarei meus galhos assim que cruzares o rio! gritou a boa árvore.
Mas que depressa a menina ergeu-se e no último folêgo atravessa a ponte que se desfaz atrás de seus pezinhos. Em segurança na outra margem aquela criança promete a sí mesma nunca mais desobedecer os mais velhos de sua aldeia. E hoje em dia sua aventura é contada toda vez que um misterioso estranho pede comida nas aldeias da Nigéria.


(Conto Popular Nigeriano - Adapt. Graziany Monteiro Gomes e 3º ano "B"- EMEF " Joana Maria da Silva)





Eu e minha turminha decidimos nos aventurar, desta vez, por outra modalidade: o conto. Realmente foi gratificante tê-los como ajudantes fiéis na adaptação deste conto africano que nos ensina uma valiosa lição de obdiência. De fato, as crianças são muito receptivas a qualquer gênero textual. Para nós tudo é motivo para escrever! e a Semana da Consciência Negra foi um momento de reflexão, valorização e muita escrita!