domingo, 12 de junho de 2011

A Poesia que existe na Eterna Lenda!


MESTRE ÁLVARO E MOXUARA

Lenda Mestre Álvaro e Moxuara
Serra e Cariacica Apresentam uma história rara
É a fábula dos Rochedos ­Mestre Álvaro e Moxuara
Uma lenda de um casal­
Que se apaixonara
Filhos de índios,Tribos inimigas.
Grandes lutadores
Bons de brigas
Para o Casal
Essas brigas não tinham valor
O que importava mesmo
Era o sentimento, o amor
As notícias desse amor logo se espalharam
Os caciques das duas tribos.
Então se revoltaram
O pai da Índia com o romance acabou
Mas o casal logo reatou
O pajé descobriu e tomou uma decisão
Transformá-los em pedras
Seria a solução,
Mas depois com pena deles ficou
Pra amenizar a maldição
Pediu a alguns pássaros
Que lhes dessem um encontro nas noites de São João.

(Brenda Maria soares)




A LENDA DO MOXUARA

Das duas pedras irmãs
Nasceu a eterna lenda
Dos indígenas apaixonados
A história até hoje se conta!

Compadeceu-se deles
O Deus Tupã
Aquele amor proibido
Em rocha se tornou!

Os dois enamorados
Pela eternidade
Frente a frente  ficaram

Para reascender
A chama eterna do coração
Um lindo pássaro de fogo
Passeia em noite de São João!

(Graziany Monteiro Gomes)




Um agradecimento todo especial a colega pelo lindo poema! é fantástico saber que outras pessoas se interessam pela história da minha terra.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Lenda do Pássaro de Fogo! Uma bela história de amor!


Em tempos bem antigos, por volta de 1556, quando os Temiminós que vieram do Rio de Janeiro se instalaram no Espírito Santo, conta-se que dois jovens de tribos rivais se conheceram e antes que soubessem de suas origens e da rivalidade que existia em suas tribos, nasceu entre eles um amor tão forte e belo como o Sol.

Ela, Jaciara, uma lindíssima princesa indígena, filha do poderoso cacique que ocupava uma imensa terra, onde hoje encontramos o atual município de Cariacica.
Ele, Guaraci, um forte guerreiro da tribo dos Temiminós, que ocupava as terras hoje conhecida como município da Serra.

Quando esse amor chegou ao conhecimento das tribos, aumentou a rivalidade e a fúria dos caciques contra esse amor, que era incontrolável. O cacique indígena, pai da princesa, jamais aceitaria o enlace da sua querida filha, com o inimigo de seu povo, mesmo sabendo quanto era valioso o dote do noivo e da sinceridade da jura de seu amor.

Em conseqüência criou-se uma barreira intransponível entre as terras das duas tribos e os jovens não podiam de maneira alguma chegar próximo dessa divisa.

Mas o amor, quando sincero e forte, é algo que ultrapassa qualquer barreira e sempre encontra um aliado. Foi o que aconteceu. Os apaixonados conseguiram a ajuda de uma ave misteriosa, o Pássaro de Fogo, que em horas determinadas, levava o casal a pequenos montes em pontos de fronteira de suas tribos, onde ambos se viam. Então a índia cantava juras de amor ao seu escolhido e ele retribuía da mesma maneira com cantigas que tocavam seus corações.

Continuaram assim, nesse amor poético e passando o tempo, combinaram uma fuga. Quando chegou ao conhecimento do cacique indígena a fuga romântica de sua filha foi o bastante para reunirem todos os sábios conselheiros da tribo e um feiticeiro, que transformou os apaixonados em pedra nos referidos locais onde se avistavam. Estes se elevaram e constituíram dois belos e lendários montes, muito importantes no litoral capixaba, que conhecemos como: MOCHUARA, (ou MUXUARA) a princesa, em Cariacica, e o MESTRE ÁLVARO, o príncipe, na Serra.

Porém, uma fada compadecida de um destino tão cruel, concedeu uma trégua aos enamorados, na rigidez de suas posições e assim uma vez ao ano, na noite de São João, os jovens recuperam de forma invisível, sua forma humana e primitiva, ocasião em que fazem juras de fidelidade e presenteiam-se com ricas jóias e outros mimos, sempre com a ajuda da ave amiga, o Pássaro de fogo, ave mensageira entre os apaixonados. Levando de um para o outro as juras de amor e os presentes, que atestam a sinceridade infinita.

Assim, conta a história, conta a Lenda, que na noite de São João, o Pássaro de Fogo, passa no céu, e vai do MOXUARA, em Cariacica, ao MESTRE ÁLVARO, na Serra e vice versa. E continuam a VIAGEM DO FOGO, descrevendo no espaço, a ETERNIDADE DO AMOR.





Donwload da lenda em Power Point: Clique aqui

Monte Mochuara

Com 724m de altitude, esta é a segunda maior montanha da região da Grande Vitória. A caminhada é feita dentro da mata com alguns trechos em rampas de pedra.

Na língua dos índios que habitavam o local, o nome quer dizer pedra irmã, mas para os franceses que chegaram à baia de Vitória, e o avistou com uma neblina que o encobria, fizeram-se lembrar de um imenso pano branco, daí a expressão mouchoir, que quer dizer lenço e se pronuncia “muchuá”.


 O Mestre Álvaro

O Mestre Álvaro é considerado uma das maiores elevações litorâneas da costa brasileira e abriga uma das últimas áreas de Mata Atlântica de altitude do Espírito Santo. É uma formação rochosa de origem vulcânica com cerca de 833 metros de altitude.

Tem-se uma vista panorâmica de toda a Região Metropolitana de Vitória e região de montanhas, e de lá avista-se os municipios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Santa Leopoldina, Fundão, Viana, e parte de Domingos Martins, além de uma bela vista do oceano Atlântico.

O Mestre Álvaro é um maciço granítico que, devido à sua altura e posição, tem servido à navegação marítima há séculos. Ele é citado em documentos cartográficos do século XVI. Possui um bosque rico em fauna e flora nativas e algumas cavernas.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Em Junho, minha terra natal faz aniversário! Parabéns! Cariacica! Tu enfeitas o Estado do Espírito Santo!

Igreja de São João Batista. Fica na praça central da sede do município.
Sua construção foi iniciada em 1839 e concluída em 1851.



ORIGEM HISTÓRICA
        
Carijacica (chegada do homem branco) foi o primeiro nome do Município. Com o tempo a linguagem popular abreviou o nome para Cariacica. Os jesuítas fundaram as primeiras povoações. Em 1890 desmembrou-se definitivamente de Vitória, tornando-se Município. O Morro Moxuara, pedra de granito com 724 metros de altura, é o seu principal ponto turístico, cultural, paisagístico e ambiental.
Antes da colonização a atual área do Município de Cariacica era habitada pelos Índios Tupiniquins. Alguns colocam também as tribos inimigas, Goitacazes e Aimorés. Os Goitacazes contudo viviam mais ao sul, próximo as divisas entre Espírito Santo e Rio de Janeiro. Os Aimorés já se localizavam na região do rio Doce, atuais cidades de Colatina e Baixo Guandu, próximo a atual cidade de Aimorés, em Minas Gerais.
O certo é que índios, negros e brancos foram à base da formação racial do Município.
Segundo pesquisadores Carijacica era o nome  de um rio descoberto pelos indígenas que descia do Monte Moxuara.
Os primeiros colonizadores, imigrantes, na maioria pomeranos, surgiram em Cariacica durante o período de 1829 a 1833. O povoamento se intensificou a partir de 1865, pela formação de colônias alemãs, vindas de Santa Leopoldina e Santa Isabel. Em 1837 chega a Cariacica um grupo de portugueses que se estabelece no interior. À medida que o homem branco ocupa as terras, os índios, primeiros habitantes do Município, vão desaparecendo e seu último reduto até o desaparecimento por completo ficava em Itanhenga.
Porto de Cariacica passou a ser o primitivo centro comercial, sendo o elo de ligação entre a região costeira e o interior. Localizado no Planalto a 36 metros do nível do mar, Porto de Cariacica e Bubu foram ocupados por espaçosos engenhos e fazendas para criação de gado. O Planalto passou a chamar-se água fria, devido a um córrego ali existente.
Em 18 de dezembro de 1837, foi criado o distrito de Cariacica, que a Igreja Católica denominou de Freguesia de São João batista de Cariacica.
No dia 30 de dezembro de 1890, Cariacica desmembrou-se definitivamente do Município de Vitória, tornando-se um Município. Em 1971, através de um decreto administrativo, a data de comemoração do dia da cidade, passou a ser 24 de junho, o mesmo dia em que se comemora o dia de São João Batista, padroeiro do Município.
 

ÁREA E POPULAÇÃO DE CARIACICA


Segundo o IBGE a área de Cariacica é de 285 Km2. O Distrito Sede está situado a uma latitude de 20º, 26´ e 389´´ e a uma longitude de 40º, 42´
       A população de Cariacica conforme o Censo de 2000 é de 323. 807 habitantes, sendo 159.083 homens e 164. 724 mulheres.
Na área urbana residem um total de 312. 542 habitantes e na área rural, 11. 265 habitantes.
 
CURIOSIDADES

       Em 1894 foram construídas caixas apropriadas para serem instalados lampiões de querosene para a iluminação pública da sede do Município. A luz elétrica, só foi implantada em 1914.
       Em 1927 o transporte de passageiros, que era feito em caminhões, foi substituído por ônibus abertos chamados de “Jardineiras”.
       O primeiro jornal de Cariacica foi lançado em 1911, quando a Prefeitura comprou uma tipografia. O nome era “Novo Horizonte”.
 
ARTESANATO

       As peças de cerâmica e panelas de barro são os principais produtos do artesanato do Município, devido à boa qualidade do barro local.

CARNAVAL DE CONGO
 
       No dia da festa de Nossa Senhora da Penha, no mês de abril de cada ano é realizado na localidade de Roda d´água, o Carnaval de Congo com os mascarados que cantam e dançam animados pelas Bandas de Congo, do Conselho das Bandas de Congo de Cariacica.
      
As Bandas de Congo do Município são:
       São Benedito de Piranema;
       São Benedito de Boa Vista;
       Unidos de Boa Vista;
       Santa Isabel de Roda d´água;
       São Sebastião de Taquaruçú.
 

PREFEITOS E DATAS

1890 Álvaro Coutinho Alvarenga Nomeado-renunciou antes de cumprir o mandato provisório
  • 1890 Major Inácio de Almeida Nomeado a partir de 30 de Dezembro de 1890 pelo governador Henrique da Silva Coutinho.
  • 1892 a 1896 Antônio Manuel Lopes Loureiro
    • Primeiro prefeito eleito pelo voto democrático substituído muitas vezes pelo seu vice.
  • 1896 a 1900 Emídio de Siqueira Pinto
  • 1900 a 1902 Olímpio de Oliveira Trancoso
  • 1902 a 1904 Antônio Manuel L. Loureiro
  • 1904 a 1910 Francisco C. Schwab Filho
  • 1910 a 1912 Inácio Francisco Cravo
  • 1912 a 1914 Antônio Pinto Duarte
  • 1914 Francisco Carlos D'Oliveira
  • Governo de transição. Permanece até as eleições. Seu Vice Francisco C. D’Oliveira, assumiu muitas vezes.
  • Maio/14 Francisco C. Schwab Filho
  • Maio/16 Carolino Rodrigues P. Firme eleito governador-presidente do município
  • 1918 a 1920 Antônio Pinto Duarte
  • 1920 a 1922 José Firme
  • 1922 a 1924 Antônio Pinto Duarte
  • 1924 a 1928 Walfredo Ferreira Paiva
  • 1930 Adalberto Barbosa
    • Permaneceu até a Revolução de 1930
  • 1930 a 1931 Junta Governativa, constituída pela Revolução.
    • Em 1931 a Junta foi desfeita por Manuel Monteiro de Moraes
  • 1931 a 1936 Genésio Cardoso Hilário, SegismundoSonegheti, Olimpio Moreira da Cunha
  • 1936 a 1942 Roberto Couto
  • 1942 a 1946 Álvaro Gimenes Nomeado pelo governador do Estado
  • 1947 a 1951 Joaquim José Vieira
  • 1951 a 1955 Licério Francisco Duarte
    • Eleito pelo voto popular, filho de Antônio P. Duarte.
  • 1955 a 1956 Jocarly Gomes Sales
  • 1956 a 1963 Eduartino Silva
  • 1963 a 1969 Jocarly Gomes Salles
  • 1969 a 1970 Vicente Santório Fantini
  • 1970 a 1972 Aldo Alves Prudêncio
  • 1973 a 1978 Vicente Santório Fantini
  • 1978 a 1980 Aldo Alves Prudêncio
    • Governou até dezembro/80, quando foi assassinado.
  • 1980 a 1981 Joel Lopes Rogério
    • Presidente da Câmara substituiu Aldo Alves Prudêncio. Morre com disparos de sua arma de fogo, em 9 de Dezembro de 1981.
  • 1981 a 1983 Wagner de Almeida
    • Outro presidente da Câmara que assume a Prefeitura.
  • 1983 a 1984 Vicente Santório Fantini
    • Em 10/84 se afasta devido a um derrame cerebral.
  • 1984 a 1986 Nelço Secchin Vice-Prefeito
    • Assume em out/84. Em fev/86, é afastado sob a acusação de corrupção.
  • 1986 a 1987 Claudionor Antunes Pinto
    • Permanece de 12 de Fevereiro de 1986 a 04/87, como interventor.
  • 1987 a 1989 Milton da Rocha Melo
    • Presidente da Câmara que assume em abril/87 a janeiro/89, em lugar do interventor.
  • 1989 Vasco Alves de O. Júnior
    • Governou de 1 de janeiro de 1989 a 18 de maio de 1989. Afastado por acusação de irregularidades administrativas.
  • 1989 Augusto César Meloti Melo
    • Vice assume o lugar de Vasco
  • 1989 Vasco Alves de O. Júnior
    • Governou durante 14 dias. Afastado após anulação de uma Liminar
  • 1989 Augusto César Meloti Melo
    • Governou durante os meses de setembro e outubro.
  • 1989 a 1992 Vasco Alves de O. Júnior
    • Retorna à Prefeitura por decisão do Conselho Superior da Magistratura do Espírito Santo. Reassume em 3 de Outubro de 1989 até 04/92
  • 1951 a 1955 Augusto César Meloti Melo Governou de 04 à 12/92
  • 1993 a 1996 Aloízio Santos
    • Eleito e empossado sob a égide da Lei Orgânica do Município de Cariacica
  • 1997 a 2000 Dejair Camata
    • Morreu em acidente automobilístico em 26 de março de 2000
  • 2000 Jesus dos Passos Vaz
    • Assumiu no dia 26/03, um domingo. No dia 1° de novembro foi afastado pela Câmara de Vereadores
  • 2000 Joscelino Miguel da Silva.
    • Assumiu na manhã do dia 2 de novembro
  • 2001 Aloísio Santos(Morreu em 2007)
    • Assumiu o cargo no primeiro minuto, numa iniciativa inédita, tendo sido o primeiro prefeito do País a assumir o Governo de madrugada. A solenidade na Câmara foi bastante concorrida pelos políticos, população e imprensa, pela novidade. Morreu de cãncer de prostata em 2007.
  • 2004 Helder Salomão
    • Cadidato do PT, se elegeu com 72,46% dos votos, contra 27,54% do candidato a reeleição Aloízio Santos.

 Símbolos de Cariacica


Bandeira


 Brasão





 Monte Moxuara





(Fonte Secretaria Municipal de Cultura; Livro histórico sobre Cariacica de Josefa Telles de Oliveira e Folheto editado em 2001 pela Câmara Municipal de Cariacica sobre o Concurso para a escolha do Hino Oficial do Município.) 






Nas próximas postagens mais da rica história de minha terra natal!